Há muitas pessoas que ouvindo mensagens má pregadas por pregadores mal preparados e somados a isso querem decidir o seu futuro e, de alguma forma, alcançar algo após esta passageira vida na terra. Fazem isso de forma equivocada, supondo conseguir algo com suas próprias forças, através de seus próprios méritos, o que na verdade é impossível. Através desta mensagem, espera-se explicar de forma clara e simples um pouco sobre o imensurável amor de Deus.
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feito justiça de Deus.(2 Co 5,21)”. Para uma melhor compreensão do texto pode ser descrito desta forma: “Jesus, que por ser santo, desta forma, não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, o igualando a nós, para que, assim como ele foi considerado justo diante de Deus, nós ao aceitá-Lo sejamos considerados justos diante de Deus, por meio de sua crucificação”. Sobre esse versículo, primeiramente pensemos sobre o Cristo sem pecado. Lê-se em Hebreus 4,15b: “antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, (Jo 6.69; Ap 3.7; 1 Pe 2,22, Mt 23,47, entre outros), essas passagens mostram-nos que Jesus é santo, justo e sem pecado. Mas então como Deus o fez pecado por nós? Em Deuteronômio consta: “porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus(v.23; o mesmo se encontra em Gl 3,13)”. Mas segundo a tradição judaica somente quem houvesse cometido algum pecado passível de morte é que seria condenado a crucificação, então sendo Jesus sem pecado como pôde ter sido condenado a crucificação? A Bíblia diz que Jesus veio para salvar o mundo do pecado(Jo 1,29b). Como registra Paulo em Romanos 6,23a: “porque o salário do pecado é a morte,...”, se Cristo veio salvar seu povo do pecado era necessário que Ele morresse, Cristo não morreu por ter cometido pecado, mas como cumprimento do mandamento de Deus, Seu Pai, era necessário que Ele tomasse este cálice. Em Isaías 53 se lê: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós que o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado,..., e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos(v. 4,5,10)”. Pedro afirma em outras palavras essa mesma verdade: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados,(1 Pe 2,24a)”; pode-se concluir que Cristo tornou-se pecado, não por ter experimentado o pecado(Hb 4,15; mostra-se sublime perfeição mantendo-se santo mesmo tendo sido tentado a pecar em condições humanas), mas pelo fato de ter sido comissionado por Deus para carregar nossos pecados(Is 53, descrito anteriormente), sua “pecaminosidade” surgiu através dos nossos pecados. Quem deveria ter sido crucificado na cruz e se tornado maldito, era cada um de nós. Quem deveria beber o cálice da ira de Deus, éramos nós. Mas Deus achou por bem moer seu Próprio Filho, para nos proporcionar a redenção, e através do sacrifício de Cristo a vontade de Deus foi realizada na terra. Em suma, Cristo foi considerado maldito ao ser pendurado na cruz e receber a pena de morte como se houvesse cometido algum pecado, foi por Deus esmagado como um criminoso e sofreu as mais severas punições da época, Ele não era um pecador, não era um caluniador, não era uma alvoroçador, não desrespeitava as condições locais impostas, nenhum motivo plausível o levava àquele tipo de morte, tanto que o próprio Pilatos em seu interrogatório que precedeu a crucificação afirmou: “eu não acho nele crime algum(Jo 19,4b)”. Mas o propósito de Deus era esse, que alguém sem pecado morresse no lugar dos pecadores, e somente Um é Quem poderia cumprir com a exigência imposta por Deus: o Filho. Ele poderia realizar essa sublime missão, por isso é que foi enviado à terra. Mas porque achou Deus, por bem moer seu próprio Filho? Como entender esse propósito de Deus? Porque Jesus tinha que sofre tudo aquilo por homens tão miseráveis como nós? Aquela dor era nossa e aquela morte eram nossas. Mas, : “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna(Jo 3,16)”; pode-se ver a resposta a todas as indagações anteriores feitas, neste versículo. Sim, Deus nos amou e o seu Filho sofreu tudo aquilo porque Deus sabia que era o Único que poderia suportar tudo aquilo e em seu amor divino nos poupou, enviando amorosamente seu Filho. A primeira parte de João 3,16 está correlacionado com a primeira parte de 2 Coríntios 5,21, Deus O fez pecado, mesmo sem Ele ter cometido pecado, por amor a nós. Na segunda parte de 2 Co 5,21 está escrito que isso aconteceu “para que, n’Ele, fôssemos feitos justiça de Deus”. Como nós injustos, podemos ser feitos justos diante de Deus? “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, por que Cristo suportou nossos pecados, nós podemos assim experimentar a Sua justiça. Deus tratou a Jesus, como se Ele tivesse cometido os pecados dos cristãos e trata os cristãos como se tivessem realizado as obras justas do Filho de Deus sem pecado. Deus declara justo o pecador arrependido e não computa seus pecados contra ele porque o cobre com a justiça de Cristo no momento em que o pecador coloca a sua fé sincera em Cristo e em sua morte sacrificial. Em suma, do mesmo modo que Cristo morreu uma morte designada a um pecador acometido de morte, sem ter cometido nenhum pecado, nós somos considerados justos, mesmo sem obtermos sequer uma obra de justiça em todas as nossas atitudes, mas pelo simples fato de aceitarmos à Jesus e n’Ele depositarmos a nossa fé. Deus condenou Jesus por nossos pecados, semelhantemente nos justifica pela justiça de Cristo.
Para muitos “doutos”, essa interpretação parece louca, pois eles não aceitam que, para serem salvos, dependam apenas da fé. Para muitos é inadmissível a ideia de ser salvo sem o conquistar por méritos próprios, mas qualquer oferta de salvação, além da oferecida por Deus através de Cristo está em desacordo com a Bíblia. Deus nos alcança pela sua Palavra e crendo, como já foi dito, passamos a ser justificados por Deus, ainda que até hoje não tenhamos aceitado à Jesus. Ao ser Cristo moído por Deus, seus pecados faziam parte daquele cálice e creia, Cristo não deixou sequer uma gota de toda a ira de Deus para você. Se isso parece pouco, com certeza não o diríamos se fosse de nós cobrado toda a dor pelos nossos pecados, somente os nossos pecados, se se tivessemos de pagar por eles, instantaneamente iriamos rever nossos conceitos. Cristo, não tendo pecado algum suportou o pecado do mundo inteiro. Cada pessoa que nasce, já nasce pecadora e por ela Jesus já pagou o preço de uma vez por todas. E o convite de depositar a fé e a confiança em Jesus se estende até nós pela conservação da Sua Palavra escrita e pela pregação da Mesma. “Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.(Hb 4,7b)”.
Só Deus sabe o que está passando em nosso coração e se esta mensagem de alguma forma tocar-nos, não posterguemos a oportunidade de depositar nossa fé em Cristo, pois enquanto vivos, temos a oportunidade de escolher crer ou não e crendo somos por Deus justificados e não crendo, após morrer, nos serão cobrado os nossos pecados. O que Cristo pagou por nós, poupando-nos apenas pela decisão de crer. Agora, podemos experimentar escolhendo não crer pagar com a nossa própria dor. Essa é a mensagem amorosa de Deus. Não podemos desperdiça-la. É uma grande prova de amor!
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