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11 de outubro de 2012

A afronta de um Deus para um deus


Afrontar alguém é algo que exige do afrontador uma disposição acirrada e uma coragem desmedida, pois precisa estar preparado para qualquer reação imaginável de seu afrontado; caso contrário não passa de blefe, e quem blefa não consegue por muito tempo amedrontar seu oponente.
Há vários episódios onde é possível ver claramente Deus afrontando os deuses estranhos dos povos circunvizinhos a Israel, neste caso em especial quero citar o confronto que houve no século V a.C. onde no monte Carmelo houve uma disputa entre deuses, mas antes de entrar diretamente nos detalhes da batalha, é necessário que se veja o que ocorreu antes da mesma.
Todo o afrontador utiliza-se de sinais para intimidar seu oponente, e mostrar quem é que detém o poder, a força. Antes que houvesse esse confronto no monte Carmelo, Deus havia enviado um sinal ao povo samaritano, que tinha por rei na época o senhor Acabe, e esse aviso foi o de que por três anos e meio não haveria chuva em sua terra, ocasionando numa improdutividade vasta por toda a terra, pois o povo necessitada da chuva e do orvalho matinal para boas colheitas. Este sinal incomodou muito tanto o povo quanto o seu deus(baal), pois Baal era conhecido por ser o deus das chuvas e da fertilidade; mas quando houve uma real necessidade deste lhes provar a existência, nada fez.
Este sinal enviado por Deus aos samaritanos logrou êxito, pois eles ficaram como que desesperados ante a situação desesperadora em que estavam enquadrados. Então após três anos e meio Deus novamente mostra-se disposto a disputar contra Baal o seu poder. Agora sim haverá um confronto direto, Deus usando o profeta Elias faz uma convocação geral de seus oponentes e os direciona ao monte Carmelo, para que lá seja feito o confronto. Elias com toda sua ousadia propõe aos profetas de Baal o desafio, a afronta que Deus planejara. “e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus”(1 Rs 18,24); dito isso Elias permite que os 450 profetas de Baal façam suas interseções primeiro, e durante todo o tempo da manhã os baalins clamavam: “Ah! Baal, responde-nos!”(1 Rs 18,26), e durante toda a manhã estiveram na presença de um deus inexistente, irreal, que nada podia fazer pelo simples fato de não existir. Com isso vem uma afronta intimidadora de Deus por meio de Elias: “Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará”(1 Rs 18,27); insultados os profetam insistem em seus clamores, agora autoflagelando-se com facas e lancetas, segundo eram seus costumes. “Passado meio-dia, porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma”(1 Rs 18,29). Após essa infrutífera tentativa de 450 homens por resposta a um deus, chegou a hora de um homem só, clamar ao seu Deus. Com o calor que estava fazendo no momento em que Elias iria iniciar seu clamor, este insistiu que fosse encharcado o local onde se encontrava a oferta dedicada aos deuses para que não vissem a pensar que por ventura Elias fosse beneficiado pela ação do sol. Assim feito Elias diz: “Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra fiz estas coisas. Responda-me, SENHOR, responda-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus,[...]”(1 Rs 18,37-38). Imediatamente houve resposta da parte de Deus, com fogo o Senhor consumiu toda a oferta, e ainda lambeu a água usada para encharcar o altar das oferendas.  O motivo dessa afronta de Deus para com o inexistente deus Baal dos samaritanos foi devido a tentativa dos israelitas de quererem conciliar a adoração a Deus e a adoração a Baal, desta forma tinha de acontecer algo para que essa oscilação desse cabo. A sugestão de Elias sobre o deus que responder com fogo é o Deus verdadeiro, dá-se ao fato de que os seguidores de Baal tanto quando os adoradores do Senhor Deus acreditavam que seus senhores controlavam os trovões, os relâmpagos e as tempestades, e a resposta com fogo seria um teste justo para mostrar o Deus verdadeiro.
A lição que podemos tirar desse confronto entre um Deus existente e poderoso e um “deus” criado por homens e impotente, é que quando não nos submetemos deliberadamente ao senhorio de Deus teremos sérios problemas, pois logo estará entendido que se não necessitamos de Deus, estamos tão somente nos opondo a Ele, então Ele virá até nós nos intimidando e nos afrontando; e será que quem sairá vencedor? Como diz Charles Spurgeon: “Pensemos em nós, e seremos humilhados por esse pensamento”. Antes de nos colocarmos como deuses de nossas vidas, que pensemos em quem detém o poder para que seja reconhecido como Deus, e um Deus poderoso.

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