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2 de janeiro de 2013

Sobre as leis e sua não guarda


Gostaria de começar descrevendo o significado da palavra Lei, conforme o dicionário bíblico da bíblia do obreiro, Almeida Revista e Atualizada.
De acordo com a mesma. Lei : Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16,28; Sl 119). Pentateuco(Lc 24,44). O AT (Jo 10,34; 12,42). Os dez mandamentos(Ex 20,2-17; Dt 5,6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo(Mt 5,17-48).  Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo(Mt 22,37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar vitória sobre o pecado(Rm 3-7). Assim o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho(Gl 3,24).
Então vamos começar, quando Deus formou a terra e tudo que nela há. Em Gênesis 2,2-3 diz : “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda obra que, como Criador, fizera.”. Podemos observar aqui que após o término de sua maravilhosa e grandiosa obra, o SENHOR Deus descansou. “Deus certamente não descansou por estar cansado; mais precisamente, ao estabelecer o padrão para o ciclo de trabalho do homem, ele apenas, modelou a necessidade de descanso.”(extraído da bíblia de estudo MacArthur). O que mostra que o corpo humano necessita de descanso, por ser imperfeito e debilitado, e Deus já havia previsto isto, pois em sua grandiosa sabedoria, Ele lembrou de que é feito o ser humano, e o quanto o ser humano fica debilitado quando exposto a uma carga de trabalho exaustiva. Deus por ser perfeito não precisa de descanso, veja o que diz em Isaías 40,28: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se afadiga?”. Imagina o que seria da raça humana se todo sábado Deus resolvesse descansar de suas atividades. Certamente estaríamos perdidos, mas graças a Deus que por sua misericórdia se faz sempre presente em nossa vida.
Vejamos o que Jesus nos diz em João 5,17: “Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”; o que nos mostra que o sábado foi estabelecido para o descanso do homem, e por decorrência disto, foi separado por Deus para que neste dia de descanso o homem se voltasse em adoração à Ele. Pois como dito por Jesus em Marcos 2,27 : “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;”.  O que podemos analisar aqui é o fato de que o sábado foi estabelecido por Deus ao homem como um dia de descanso de suas atividades trabalhistas e um dia separado para a adoração a Deus e não um fardo como os fariseus o tinham. Como podemos ter a certeza desta afirmação?
“Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Porque fazem o que não é licito aos sábados? Mas a eles lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;” Marcos 2,23-27.
Esse trecho descreve uma conversa de Jesus com os fariseus da época, onde Jesus descreve o real e verdadeiro sentido da guarda do sábado, e o porque do seu estabelecimento por Deus.
Mas o que quer dizer este texto: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”(Mateus 5,17-18)? De acordo bíblia de estudo MacArthur:“Jesus não estava nem concedendo uma nova lei nem modificando a antiga, mas em vez disso, explicando o verdadeiro significado do conteúdo moral da lei de Moisés e do restante do AT. Cumprir – Cristo estava indicando que ele é o cumprimento da lei em todos os aspectos. Cristo está afirmando aqui a total inerrância e a absoluta autoridade do AT como Palavra de Deus. Mais uma vez isso sugere que o NT não deve ser visto como algo que substitui ou anula o AT, mas como cumprimento e explicação dele. Todas as exigências cerimoniais da lei mosaica, por exemplo, foram cumpridas em Cristo e não precisam mais ser observadas pelos cristãos(Cl 2,16-17)”.
“Mas antes que viesse a fé, estávamos sob a tutelada lei e nela encerrados, para que essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.”(Gálatas 3,23-29). Para melhor compreensão do texto escrito por Paulo, aio significa “do grego paidagogos, um servo que tomava conta das crianças e que era seu guardião até que amadurecessem o suficiente para se tornar legalmente filhos. O mesmo acontece conosco; depois que a fé chega, não estamos mais sob um aio ou a lei. Tornamo-nos filhos e legalmente livres do aio ou da lei, pela fé em Jesus Cristo.(extraído da bíblia de estudo Dake)”.  É de fácil compreensão o que descreveu Paulo em sua epístola à igreja de Galácia, pois equiparou aio com a lei, ou seja, nos dias de hoje um casal que têm uma criança de pouca idade, necessita de que alguém cuide dela, a leve para escola e a vigie até que seus respectivos pais cheguem em casa, até que essa criança adquira uma idade suficiente para poder começar a dar seus próprios passos sem precisar da dependência dessa pessoa escolhida pelos seus pais, a partir daí se torna uma pessoa madura, no momento em que segundo a analogia descrita a pessoa se torna madura, é o momento em que passa a crer em Deus, que é o recebimento da fé.A lei foi passada de Deus para Moisés em duas tábuas, escritas pelo próprio dedo de Deus(Ex 31,18), e esses dez mandamentos foram o que direcionou o povo escolhido por Deus, à uma vida de obediência, vale ressaltar que na época da lei, o sumo sacerdote uma vez por ano fazia a expiação do povo, por causa dos seus pecados(para confirmação desses fatos ler Levítico 16,29-34). Expiação – É o perdão dos pecados daqueles que se arrependem deles e os confessam, acompanhado de reconciliação com Deus, através do sacrifício de uma vida inocente. No AT a vítima era um animal, figura e símbolo do Cristo crucificado(Hebreus 9,18-28)”Extraído do dicionário bíblico da bíblia do obreiro Almeida Revista e Atualizada”.
“Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.”(Atos 13,38-39); Lucas relata no livro de Atos o testemunho que Paulo prestou diante do povo de Antioquia em sua primeira viagem missionária, onde se faz menção de Jesus Cristo como a remissão dos pecados, do qual não se alcançava pela lei mosaica. Paulo adverte aos crentes da Galácia: “Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco(Gálatas 4,8-11)”.
A exortação de Paulo á igreja, era o fato de que eles estivessem querendo voltar para as praticar da lei mosaica, devido ao fato de citar dias, meses, tempos e anos, pois somente os judeus é que tinham essa pratica vinda desde a época do estabelecimento da lei, face a isto descreveu Paulo: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.”(Gl 5,4).
Lê-se em Jeremias 31,31-34: “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”. Que maravilha podemos ver aqui, onde o próprio Senhor Deus nos menciona a respeito da nova aliança que faria com os homens. “A nova aliança não era para ser como a velha, mas um acordo completamente novo que substituísse a lei de Moisés. Dizer que a nova aliança é igual a velha aliança, sendo a única diferença que uma foi inscrita nas tábuas de pedra enquanto a outra foi inscrito nas tábuas do coração, é um verdadeiro equívoco. Um velho acordo escrito novamente em algum outro material não faz dele um novo acordo. É o conteúdo que faz a diferença, não o lugar onde ele é escrito. Aqui ele afirma claramente que o novo acordo não seria igual ao velho acordo feito por Moisés – ‘Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito.(V.32)’.(Extraído da bíblia de estudo Dake)”.
Como já dissemos anteriormente para que o povo de Israel conseguisse a remissão dos pecados era necessário que o sumo sacerdote oferecesse a Deus animais puros e inocentes conforme o próprio Deus lhes passara, não era qualquer animal que se separava para oferta a Deus, tinha uma série de requisitos, e o sangue do cordeiro que era oferecido em sacrifício purificava o povo, o templo, os utensílios usados no tabernáculo, entre outras coisas, resumindo o sangue era tido como um líquido purificador(Ex 29,11-12;20-21;Hb 9,22)
“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois o testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador(Hebreus 9,11-17)”.
Para entendermos um pouco a respeito do testamento utilizado pelo escritor de Hebreus, vou citar a nota deste versículo de acordo com a bíblia de estudo MacArthur: “O testamento ilustra a necessidade da morte de Cristo. ‘Testamento’ é a mesma palavra grega traduzida por ‘aliança’, mas o termo assume um significado mais específico nesse contexto. Os benefícios e as provisões de um testamento são somente promessas até que o autor do testamento venha a morrer. A morte transforma as promessas em realidade.”
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. (Lucas 24,44)”; podemos ver que este versículo serve de resposta ao que Jesus disse em Mateus 5,17-18, da Lei não se passaria nem um i ou um til até que tudo se cumprisse, sabemos que a morte e a ressurreição de Cristo é o pleno cumprimento das profecias, podemos então afirmar que a Lei passou, pois tudo cumpriu em Cristo, vivemos hoje pela lei da fé.
Lemos em Salmos 118,22-24: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isso procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos. Este é o dia que o SENHOR fez, regozijemo-nos e alegremo-nos nele.”
Alguns pregam sobre a guarda do sábado, mas sabemos o que Paulo disse para os que se decidiram proceder assim: “De cristo vos desligastes,...(Gl 5,4)”, ouve-se dizer que a memória que nós temos do dia de domingo foi devido ao decreto do imperador romano Constantino que no ano de 313 d.C. deu-lhes o direito de reunirem-se publicamente aos Domingos para celebrarem seu culto em honra e memória a ressurreição de Cristo. Este dia de celebração havia sido fixado pela tradição apostólica e observado como dia de descanso pelos primeiros cristãos. Em alguns idiomas domingo traduzido significa dia do sol, devido ao fato de que esses países separavam o domingo para realizar seus cultos pagãos. Mas então como podemos provar que o domingo foi observado desde a época apostólica e não o simples fato de o imperador Constantino ter liberado esse direito aos crentes antigos?
Vamos esclarecer esta pergunta a luz da Palavra de Deus, em Atos 4,11 diz: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.”; Pedro fez menção desta afirmação diante do Sinédrio, pois as autoridades da época os interrogavam a respeito do seu ministério. Este trecho vai nos ajudar a entender o que Davi descreveu em Salmos 118, descrito acima. Vemos que Cristo é a pedra rejeitada, “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”(João 1,11) E mais: “Então, deixando-o, todos fugiram.”(Marcos 14,50), esses dois versículos nos mostram a primeira parte do Salmos em questão, cumprida a luz da palavra. Após ter sido preso numa quinta-feira, Jesus foi crucificado numa sexta-feira, ficou sepultado durante o sábado e ao domingo ressuscitou, “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.(Marcos 16,9) podemos ver com clareza neste versículo que Jesus ressuscitou no domingo, e como está descrito em Salmos: “Este é o dia que o SENHOR fez, regozijemo-nos e alegremo-nos nele.(Salmos 118,23)”, o domingo é o dia que Cristo ressuscitou e se tornou a pedra angular, a principal, e este o dia que o SENHOR fez para que nos regozijemos e nos alegremos nele, não fui um simples dia catalogado por Constantino, mas foi o próprio Deus que já tinha predito sobre esse dia, o dia em que seu Filho Jesus haveria de ser ressuscitado.
Podemos observar também que Jesus realizou vários milagres em dia de sábado, (Mt 12,9-14; Mc 3,1-6; Lc 4,31-37; Lc 13,10-17; Lc 14,1-6; Jo 5,1-18; Jo 9,14-16), entrando em contradição com o modo de vida dos fariseus, mas Cristo sabia do verdadeiro sentido do sábado, pois isso fez o que fez nos sábados, com a intenção de esmiuçar para os fariseus a respeito do verdadeiro descanso.
Mas você pode se questionar a respeito do seguinte versículo: “Ai daquelas que estiverem grávidas e das que amamentam naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.(Mateus 24,19-21)”; “Será difícil para aquelas mulheres que estiverem grávidas ou tiverem crianças de colo fugir, tamanha será a rapidez dos invasores. Orem para que a invasão não se dê no inverno, pois será difícil fugir sem estar preparado nesse período; nem no sábado, porque os judeus ortodoxos consideram ilegal viajar mais do que1,5 km nesse dia. Então eles seriam dominados pelos invasores.(Comentários extraídos da bíblia de estudo Dake)”, Jesus em sua sabedoria de certa forma já sabia que muitos continuariam a guarda da Lei mosaica, devido a isto disse estas coisas, predizendo os acontecimento da grande tribulação.
Também é interpretados por muitos de que há necessidade de se abster de certos tipos de alimentos, pois os mesmos são impuros para consumo humano. Vamos ver o que a bíblia nos diz sobre alimentos?
Certa vez se reuniu a Jesus os fariseus da época e alguns escribas, e os mesmos censuraram os discípulos de Jesus, por haver tomado a refeição sem lavar as mãos, então Jesus os advertiu a respeito da verdadeira contaminação, que é o que sai do coração do homem e não o que entra. “Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puro todos os alimentos.(Marcos 7,18-19)”; vemos que o próprio Jesus considerou puro todos os alimentos. Mas você pode se perguntar, então porque Jesus expeliu aquela legião de demônios para a manada de aproximadamente 2000 porcos, ao invés de lhes destruírem de imediato? Vamos analisar os fatos, naquela época, os porcos eram tidos como animais impuros para os judeus, e como a história nos relata, a própria legião que rogou a Jesus pedindo para irem para os porcos, pois os demônios conheciam qual era a Lei de Deus deixada a Moisés que era seguida pelos judeus até então, e pela cronologia, este fato ocorreu antes de Jesus considerar puro todos os alimentos, conforme descrito anteriormente. O que nos leva a conclusão de que os porcos desde aquela época são consideráveis limpos por Jesus, independente do ocorrido, pois após o mesmo foi que Jesus os considerou, caso não fosse para ser assim, Jesus teria prescrito que ainda os porcos continuariam impuros.
O escritor da carta aos Hebreus deixa bem claro também a respeito dos alimentos: “Não vos deixeis envolver com doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com a graça e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocupam.”(Hebreus 13,9).
Paulo aconselha aos crentes romanos acerca da liberdade e da caridade para que se edifiquem na fé e no crescimento cristão, em meio a tantos conselhos Paulo exorta: “Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo.(Romanos 14,20)”. Vemos também nos versículo 1-2 do cap. 14: “Acolhei ao que é fraco na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o fraco come legumes.”; “Caracteriza aqueles cristão que são incapazes de se desligarem das cerimônias e dos rituais religiosos do seu passado. O Cristão judeu fraco tinha dificuldades em abandonar os ritos e as proibições da antiga aliança; ele se sentia forçado a se manter fiel às leis quanto aos alimentos, a guardar o sábado e a oferecer sacrifícios no templo. O cristão gentio fraco havia sido impregnado pela idolatria pagã e seus rituais; ele sentia que, qualquer contato com algo remotamente relacionado ao seu passado, incluindo comer a carne oferecida a uma divindade pagã ou, então, vende-la no mercado, manchava-o com pecado. Ambos tinham a consciência muito sensível a respeito dessas áreas e ainda não estavam maduros o suficiente para se libertarem dessas convicções. Embora não fosse mais exigido por Deus, o cristão judeu fraco se sentia forçado a guardar o sábado e outros dias especiais associados com o judaísmo. (Comentário extraído da bíblia de estudo MacArthur)”.
Não encontramos no novo testamento mandamentos para atentarmos às leis mosaicas como padrão doutrinário hoje, pelo contrário, quando lemos as epístolas paulinas e as demais que nos dizem como proceder na casa de Deus, vemos Paulo exortando e admoestando acerca de erros doutrinários que estavam acontecendo face a implantação da lei nas doutrinas de algumas igrejas primitivas da época.
Vemos na epístola aos Hebreus vários conselhos acerca de Cristo e da lei, “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei(Hb 7,12).” O escritor de Hebreus estava justamente alertando aos crentes hebreus a respeito desta mudança de sacerdócio, pois como se nota eles haviam trago a tona os princípios mosaicos. “Quando se diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquada e envelhecido está prestes a desaparecer(8,13).”
No capitulo 4 de Hebreus, vemos que o escritor faz menção do Salmos 95, referindo-se ao descanso que o povo obtêm de Deus. Mas ao lermos o capitulo anterior vemos que esta menção de descanso não se trata da guarda do sábado, se trata exclusivamente do descanso que obtemos quando cremos em Jesus, quando o escritor diz: “Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado.(4,1)” se refere ao ultimo versículo do capitulo 3: “Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade.(vv 19)”; nós só podemos entrar e participar do descanso de Deus se formos crente em Jesus e nas suas promessas, “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardamos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.(3,14). Quando é dito que alguns falharam, não se refere a guarda do sábado e sim ao endurecimento do coração e a falta de fé de alguns, impossibilitando a entrada no descanso Divino.
Para entrarmos neste descanso há um dia específico, e o autor faz questão de mencioná-lo: “de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvires a sua voz, não endureçais o vosso coração.(4,7)”. Hoje é o dia de entrarmos no descanso do Senhor Deus. Têm-se o domingo como uma data predita por Deus conforme estudado anteriormente, mas necessariamente não precisa ser domingo o dia de entrar no descanso de Deus, qualquer dia da semana que ouvir a voz de Deus e abrir o coração você entrará no descanso de Deus, o domingo é o dia que o Senhor separou para que nós nos alegremos e nos regozijemos.
Quando nos submetemos a buscar na palavra de Deus a explicação para várias de nossas dúvidas de interpretação, o Espírito Santo nos conduz em toda a verdade. Paulo em sua carta de aconselhamento pastoral a Timóteo escreve: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.(1 Tm 4,1-5)”
Ao longo deste estudo podemos observar que a guarda das leis mosaicas para os dias de hoje não são viáveis, pois o sacrifício foi pago por Cristo, o sangue de Cristo nos purifica do pecado, não podemos encontrar na guarda do sábado, nem na abstinência de alimentos alguma valor para nos purificar pecados, nada encontramos na lei que nos santifica, somente Deus que nos justifica por intermédio de Jesus Cristo(Rm 8,33; 1 Jo 1,7b), não porque merecemos, mas por sua imensa graça nos concede esta bênção.
“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.(Romanos 10,4)”
A lei teve seu fim em Cristo, conforme afirma o versículo anterior, e “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.(Gálatas 5,1)”; “Libertação da maldição que a lei pronuncia sobre o pecador que estava se esforçando para obter, sem êxito, a sua própria justiça, porém, agora, aceitou Cristo e a salvação concedida a ele pela graça.(extraído da bíblia de estudo MacArthur)”
“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado por todos.” Tiago 2,10.
Tiago faz menção neste versículo de que um pecado anularia todos os cumprimentos que até então a pessoa teria realizado das leis mosaicas, pois como vimos a lei não justifica os pecados de ninguém, é como se você tivesse um espelho, e no centro desse espelho batesse com um martelo, o espelho se partiria por inteiro.
Jesus em seu ministério na terra, Ele ensinou o amor, Ele ensinou o que realmente significava as profecias do AT, Ele explicou o verdadeiro sentido da Lei mosaica, Ele foi o total cumprimento das profecias encerrando em si próprio a lei(Rm 10,4). Vamos analisar um ponto, na época da Lei, quando uma pessoa contraía lepra, tinha de ser expulsa do arraial, pois era considerada como imunda, impura(Números 5,2), mas podemos observar nas seguintes passagens que Jesus não fez acepção de pessoas só porque estavam enfermas, em Marcos 1,40-45 Jesus concede a cura para um leproso, e em seguida diz para se mostrar ao sacerdote e oferecer pela purificação segundo determinado por Moisés, mas Jesus disse isso para que não se escandaliza-se seu ministério, pois posteriormente a própria cruz de Jesus seria o escândalo(Gl 5,11), Cristo então em sua sabedoria orientou ao leproso para seguir conforme sua determinação e obedecer aos procedimentos mosaicos. Vemos também em Mateus 9,19-22 a história da mulher com o fluxo de sangue, que não atentou para a lei, pois a lei dizia para que alguém na situação daquela devesse ser mantida fora do arraial(Nm 5,2), e se pôs no meio da multidão para a orla da veste de Jesus tocar, recebendo de Jesus mediante sua fé a cura. Outro fato ocorrido que está relacionado a Nm 5,2 é a história da ressurreição do filho da viúva de Naim(Lc 7,11-17), onde Jesus toca no caixão e realiza o milagre da ressurreição do jovem. Como esses fatos não eram comuns naquela época, o povo começou a se escandalizar. E foi através do escândalo da cruz que se iniciou a nova era, a nova aliança de Deus com os homens(Jr 31,31-34), onde nos conforta o coração quando diz que: “o justo viverá por fé”(Gl 3,11).
Se quisermos obter uma relação de intimidade e santificação com Deus é necessário obediência.
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6,46)”.
Artur Scarpati Liuth 

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