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23 de janeiro de 2013

Série: Corpo Humano uma maravilha de Deus - 2



 Dois cientistas britânicos usaram um punhado de equações para colocar em xeque uma das hipóteses mais aceitas para explicar por que, afinal de contas, os ancestrais da humanidade adotaram a locomoção bípede [geralmente, tudo o que eles dispõem é de especulações e equações]. Para eles, alguns cálculos simples indicam que é bobagem a ideia de que a postura ereta foi uma forma de evitar o superaquecimento do corpo debaixo do sol africano [ah, não! Cai por terra mais uma crença que me incutiram desde a infância...]. Essa estratégia evolutiva só funcionaria se, antes disso, os primeiros hominídeos (os ancestrais do ser humano) virassem macacos sem pelo [e por que viraram? Qual a vantagem disso?], coisa que provavelmente só aconteceu depois do surgimento do andar bípede. Graeme Ruxton, da Universidade de Glasgow, e David Wilkinson, da Universidade John Moores em Liverpool, publicaram suas conclusões em edição recente da revista científica americana PNAS

Seres humanos bípedes: Uma obra de Deus, ou mero acaso da evolução?
Para os especialistas em evolução humana, andar com dois pés (em vez de usar quatro patas, como os outros primatas) é o que define a linhagem dos hominídeos. É um dos poucos consensos numa área de pesquisa polêmica, na qual ninguém se entende sobre quase nada. Fora o fato do bipedalismo, porém, todo o resto ainda está no ar. Os fósseis mais antigos com indícios dessa característica chegam perto dos 7 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], mas há quem questione as credenciais bípedes dos bichos. A característica só aparece de forma mais confiável há 4,5 milhões de anos [idem]. 

E, quando se chega às causas do fenômeno, a coisa fica muito perto de virar um vale-tudo [quando se buscam as causas da evolução, geralmente é isto o que acontece: vale-tudo]. Sem muitas evidências diretas nas mãos, os bioantropólogos acabaram atirando para todos os lados (veja infográfico abaixo). [Biólogos evolucionistas também têm suas metralhadoras giratórias.]

Até uma suposta fase aquática da evolução humana chegou a ser invocada, já que seria mais fácil ficar dentro d’água e atravessar rios e lagoas com a postura bípede. 

Nem todas as hipóteses são malucas assim. Uma ideia simples e elegante [elegante não é sinônimo de verdadeira] é levar em conta o equilíbrio de calor ligado às diferentes posturas no ambiente em que a postura bípede teria evoluído - para muitos, áreas abertas da África tropical. O raciocínio é que, dependendo da posição do corpo, a luz solar esquenta o sujeito de maneiras diferentes. Por esse critério, ficar em pé debaixo de sol quando se é bípede dá menos calor do que fazer a mesma coisa sendo quadrúpede. 

O problema é que esse cálculo tinha sido feito de forma estática, com o hominídeo teórico paradão. Os britânicos Ruxton e Wilson refinaram as equações originais, adicionando movimento a elas. [Ou seja, partem do pressuposto de que essa evolução se processou, desenvolvem equações baseadas nessa pressuposição e assumem os resultados como “fato”. Ciência experimental é isso?]

E aí a coisa muda de figura, afirmam os autores. Em movimento e debaixo de sol, um hominídeo peludo como os chimpanzés atuais, mas bípede, conseguiria caminhar, no máximo, entre 10 e 20 minutos antes de superaquecer e ter um caso sério de insolação. Por outro lado, um hominídeo com pelos corporais esparsos e glândulas sudoríparas abundantes, como seus descendentes hoje, teria possibilidades bem maiores de dissipar calor e se dar bem com a postura ereta. 

É por isso que eles concluem que o caminhar com duas pernas em ambiente aberto exigiria o corpo relativamente pelado como pré-requisito. Do contrário, não teria sido favorecido pela seleção natural. 

A questão, claro, é saber qual dessas características evoluiu primeiro. De novo, as evidências são limitadas. A pista mais direta é meio constrangedora: os piolhos que afetam os pelos pubianos humanos. A linhagem deles existe há 3 milhões de anos [outra suposição que pode dar fôlego àquela suposição...]. 

Como os outros grandes macacos não possuem pelos pubianos, imagina-se [tudo, na verdade, se trata de imaginação] que foi nessa época que os hominídeos perderam seus outros pelos e ganharam esses. Seja como for, parece ter sido depois da invenção [!] evolutiva do bipedalismo. 

Resumo da ópera: o jeito de andar característico da humanidade ainda é um mistério evolutivo [sem contar os outros inúmeros mistérios – tidos como verdade. – MB]. 

(Folha.com)


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